segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sei de ti



Sabes de mim?
Sei.
Porque te procurei no local mais remoto e te achei no escuro.
Chamei por ti quando estavas do outro lado e ouvi responderes-me baixinho.
Fui ver-te quando chovia e não havia promessas de sol e tu gostaste disso.

Sabes de mim?
Sei.
Porque toquei no que tens de mais fundo, nas raízes que rompem a terra e tu deixaste.
Corri para ti de braços abertos, adivinhei o teu corpo e correspondeste.
Sei de onde vens e hei-de saber para onde vais amanhã, o amanhã de um qualquer dia.

Sabes de mim?
Sei.
Porque ouço, sem pressa, o teu coração e porque o deixas bater para mim sem medo.
Sei dos teus silêncios, das noites, mas também conheço as flores do teu jardim e os teus dias.
Consigo escutar-te, penetrar-te, saber-te, consigo ler-te, consigo ter-te.

Sabes de mim?
Sei.
Sei amar-te.
Sim.
Sei de ti!
Rita

3 comentários:

  1. Obrigada Nuno!
    É bom ir sabendo de ti também, assim como tu de mim...isto passa-se com os verdadeiros amigos...vamos sabendo uns dos outros! :)

    Beijinho meu querido

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  2. Que agradável surpresa, Rita. Explicar o coração com palavras, é um dom. Gostei muito!

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